Hoje nossa publicação será diferente! Entrevisto uma pessoa muito especial e talentosa, que conheço há um bom tempo e tenho o prazer de apresentar a vocês.
Nadir Xavier de Andrade é escritora e nos contará como escolheu sua profissão e como venceu tantos obstáculos. Ela publicou 13 livros, além disso, escreveu um livro de estória infantil e logo pretende publicá-lo. Todas as suas obras podem ser encontradas nas livrarias do Brasil ou por livrarias virtuais.
Veja nossa conversa:
N: Tomei essa decisão de me aventurar nas letras, depois que um de meus contos foi publicado numa revista de grande circulação chamada “Sétimo Céu”, da Editora Bloch (hoje já extinta) no Rio de Janeiro. A partir daí, só dei continuidade depois que me mudei para Marília, interior de São Paulo, e passei a publicar crônicas, contos e poesias, como colaboradora nos jornais daquela cidade. Ouvindo alguns amantes da leitura, reuni alguns textos publicados nos jornais e formei um livro, publicado numa editora da capital.
N: Desde minha adolescência eu escrevia pequenas estórias e poemas, mas com o passar do tempo fui perdendo quase todos os registros. Lembro-me de que apenas uma estória eu conservei guardada. Depois de adulta, a reescrevi e publiquei em um dos livros para adolescentes.
N: É difícil elencar dificuldades, mas entre muitas cito: o próprio ato de escrever; ter a coragem e ousadia para publicar porque sempre há críticas (as construtivas são bem-vindas ; tentativas de conseguir ser selecionado(a) em concursos literários, que são raros em nosso país (corre-se até o risco de haver “cartas marcadas” – infelizmente, podem existir – entre os jurados dos concursos); revisores que tenham conhecimentos gramaticais e estilísticos de língua portuguesa para correção e/ou sugestões; conseguir patrocinadores para as edições; e ter condições financeiras para bancar a editoração quando não se consegue ser escolhido(a) em concursos. Enfim, a divulgação e venda do livro.
N: Difícil responder, pois sou muito eclética e ouso escrever em vários gêneros, mesmo sabendo que algumas pessoas gostarão e outras não. Se a gente se policiar nesse aspecto, nunca escreverá. Acho muito difícil escrever contos e romances. Crônica é o que mais gosto. Poemas e poesias me aventuro, com rimas, sem rimas e sem saber se há poesia neles/ nelas (risos). Escrevi um livro de contos para adolescentes e, recentemente, um infantojuvenil. São aspectos muito subjetivos, portanto, possíveis de agradar ou não.
N: Seria sonhar, pois são raríssimos os autores brasileiros que vivem ou viveram da profissão de escrever, mesmo os renomados. Não sei em outros países.
N: Não pretendo desistir. Quem gosta de escrever, quer escrever enquanto estiver vivo (a), entretanto, escrever romance não terei mais coragem e estou quase terminando o último agora.
N: Acho que o melhor momento para quem escreve é finalizar um livro, conseguir editá-lo, o público gostar e adquiri-lo.
É sempre um prazer conversar e estar com esta amiga escritora, a Nadir. Nosso objetivo hoje é incentivar você, que gosta de escrever, que aposte neste dom e talento. Nosso mercado precisa de escritoras que exponham suas palavras de forma livre e atual. Não há regra! Há desejo, trabalho e resultado.
Nossa Varanda está aqui, aberta, para receber você para que nos conte sua profissão e como faz para desenvolvê-la no mercado brasileiro. Podem nos procurar.
5 Comments
Obrigada , amiga Roseli . Você redige muito bem seus textos nesse varanda. blog.br . Precisa publicá-los em livros para chegar ao conhecimento do público em geral. Grata também pela generosidade de suas palavras. O último livro infanto-juvenil já foi publicado.
Muito legal, pena que não vemos mais tanto interesse pela literatura e/ou escritura nos jovens de hoje. Essa publicação do blog pode ser usada como ferramenta de influência. 🤗
Obrigada pela entrevista à escritora Nadir Alves Andrade e a ela gratidão pelo relato de sua experiência e incentivo. Me chamou a atenção que Nadir relata que escreve “mesmo sabendo que algumas pessoas gostarão e outras não”, isso é coragem, já que penso que escrever é desnudar-se, o que tanto admiro nas escritoras e escritores.
Excelente entrevista!
Muito interessante. Sempre gostei muito de escrever desde a infância. Mas tudo que escrevi joguei fora achava que ninguém iria querer ler!
Parabéns pela entrevista.