Recebo na Varanda uma mãe exemplar e muito especial. Uma esposa dedicada e uma profissional competente. Como ela consegue ser tudo isso? O que sei é que ela vence todos os desafios da vida com uma dignidade espetacular; busca ajuda se necessário e dribla as boladas da vida com uma elegância que lhe é peculiar. Segue então, uma das histórias dessa pessoa extraordinária: Marlei Martelli.
“Sou casada há 23 anos com uma pessoa maravilhosa. Meu marido é um homem que está sempre pronto a ajudar a todos ao seu redor, dedicado, profissional renomado, muito parceiro, e, acima de tudo, paciencioso e com um caráter invejável.
Tenho dois filhos e nunca medi esforços para vê-los felizes. Sempre cuido do bem-estar deles, da alimentação, das roupas, da vida religiosa…acompanho as atividades escolares do meu filho que cursa o oitavo ano, as amizades dele, os horários das refeições, a hora de estudo em contra turno, a hora de dormir e as leituras que ele realiza.
Como a minha filha já está na faculdade em outra cidade, procuro falar com ela todos os dias e vou acompanhando toda a sua vida acadêmica. Converso sobre os conteúdos, as provas, as notas, o desempenho geral do semestre, a saúde dela, enfim, preocupo-me para que sinta-se bem fisicamente e psicologicamente.
Em setembro de 2017, aos 12 anos, meu filho Arthur teve uma catapora muito forte e ficou dez dias sem ir à escola. Depois disso, ele começou a tomar muita água e urinar com uma frequência acima do normal, mas não me dei conta de que isso poderia ser alguns dos sintomas da diabetes. Em dezembro do mesmo ano, ele passou mal, chegando a vomitar e ficar tonto. Pensei que poderia ser algo relacionado à diabetes e liguei para o endocrinologista e o mesmo solicitou que fizéssemos o exame. Depois disso, o médico solicitou que fôssemos até o hospital e quando chegamos, mediram a glicose que estava acima de 600. Mais que depressa o médico prescreveu o uso da insulina. Neste momento, estávamos todos em choque! Não conseguíamos entender e aceitar a situação. Mil coisas passaram pela minha cabeça em relação à vida do meu filho. O acompanhei naquela noite no hospital e não preguei o olho, pensando em como daria conta de tudo. O mundo tinha desabado para mim e para toda a família. Pensava em nossa nova rotina, que com certeza, teria que ser diferente após a saída do hospital.
Em dezembro de 2017 saímos do hospital e de lá trouxemos um Kit que passou a fazer parte de nossa vida diária: agulha, insulina, glicosímetro, lanceta, fita, algodão, dentre outros. Estava apavorada! Não sabia como lidar com a situação, mas tinha que estar forte para tranquilizar meu filho e mostrar para ele que iríamos vencer tudo aquilo.
Meu marido e minha filha foram bem parceiros e juntos abraçamos a causa. Começamos a ter acompanhamento com uma nutricionista especialista em casos de diabetes que nos orientou e organizou um cardápio que mostrava o que ele poderia comer e a quantidade certa. No início, meu filho até ficava com fome, pois eu achava que ele não poderia comer além do prescrito. Com o tempo, fui percebendo que ele poderia comer sim e ter uma vida normal como todo mundo; o importante era ter uma alimentação balanceada, incluindo frutas, verduras, legumes e o açúcar e a farinha deveriam ser consumidos em menor quantidades. Deveria continuar praticando o seu esporte favorito que é o vôlei e manter-se ativo.
Teve um dia no shopping que fui pesquisando os pães para hambúrguer com menor número de carboidratos até achar um ideal. Outro dia, o fiz comer 10 grãos de uva, mas ele quase vomitou, pois não gosta dessa fruta. Tudo o que ele ia comer, pesava no estômago. Nos primeiros aniversários que ele foi, não permiti que comesse o que realmente estava com vontade, mas depois eu consegui perceber que ele poderia comer o que quisesse em eventos como aniversários e festas, se eu aplicasse a insulina depois.
As picadas são várias durante o dia. Medimos a glicose, em média, 7 vezes por dia, pois precisamos averiguar antes das refeições, duas horas depois e ao deitar. O meu filho conscientizou-se de que tudo que ele fosse comer teria que contar o número de carboidratos para aplicar a insulina. Hoje, um ano e nove meses depois, posso dizer que estamos no caminho certo. Meu filho passa o final de semana longe da família quando vai para os jogos e ele mesmo mede, aplica e cuida de sua alimentação, com apenas 13 anos. Toda a família precisou mudar alguns hábitos para melhor e estamos tendo uma vida normal e feliz.
Não é fácil, pois é uma luta diária. O segredo de todo esse sucesso é ter um bom acompanhamento com profissionais da saúde (endocrinologista e nutricionista) e seguir as orientações prescritas por eles, à risca. Assim, na hora da consulta, você e o seu filho serão parabenizados. E tudo dará certo!”
18 Comments
🙏🙏🙏
Obrigada!
Você são exemplos!!
Obrigada!
Nossa eu lembro cunha não foi fácil,mas hoje vc tira de letra vc é show…cada vez melhor!!🙏🙏🙏
Obrigada cunhada e amiga! Cada dia é um novo aprendizado!
História linda e cheia de superaçoes. Vc é maravilhosa amiga. Lindo seu depoimento e estamos junto sempre.
Obrigada amiga por sempre nos dar força e ouvir as nossas súplicas!
A união da família nestes momentos é super importante 🙏🙏🙏🙏
Com certeza Mônica. Obrigada pelo carinho!
Família estruturada, unida, são poucos os privilegiados… Que Deus possa estar presente em muitos lares…
Amém. Obrigada!
Parabéns pela dedicação e empenho da família com esse ouro de mínimo Arthur. Parabéns.
Muito obrigada!
Emocionada…
Vc é uma pessoa admirável!
Família fantástica!!! Muitas bençãos de Deus para vocês!!!
Nossa. meu sobrinho também tem diabetes… Mas é Deus no comando
Vcs são exemplos para todos que convivem com vcs e ótimo falar desta experiência para que outros aprendem com ela ! Família maravilhosa !! Parabéns!!