A erva terapêutica do sagrado feminino

Hoje a Varanda lhe convida para um chá…

Apresento a vocês esta mulher que nos ajudará a conectarmos com o nosso sagrado feminino. Olhem esta dica:

“Camomila. Quem olha para a frágil e delicada planta, não imagina a potência que carrega o seu chá, nome cientifico “matricaria”, que significa útero. Camomila é cura, é alquimia feminina, é a erva de toda mulher.

Participei de uma Sadhana (termo sânscrito que significa o caminho da prática, capaz de resgatar aquilo que é divino em nós, nosso poder de cura, nosso poder de servir), de “21 dias com a Camomila”  para limpeza e purificação física, mental, emocional e espiritual. O ritual consistia na disciplina diária do uso do chá aliada as práticas meditativas para nos libertar de todas as culpas que nós mulheres carregamos, culpas que pesam em nossos ombros, culpa por trabalhar demais, culpa por deixar os filhos, culpa por não trabalhar, culpa, culpa e mais culpa! 

Acredito muito no poder dessa erva como cura da saúde da mulher, sem contar os inúmeros benefícios para a saúde física e orgânica. Tenho por hábito saborear o chá da Camomila todos os dias, sempre acompanhada de uma prece, e ela sempre me presenteia com alguns insights maravilhosos.

Faço parte de um grupo de estudo do feminino  e ontem conversávamos sobre os benefícios da Camomila, sobre seu poder em dissolver a culpa e as memórias uterinas, e foi levantado o seguinte questionamento: O quanto dos outros ainda vivem em nós, que nos impossibilita sermos nós mesmos?

Uma pergunta um tanto capciosa, pois já perdi a conta das inúmeras vezes que me procurei e não me encontrei, pois estava cheia daquilo que, definitivamente, não era meu. Então, como ser nós mesmos e esvaziar-se dos outros? Primeiro você precisa identificar quem são os outros e podem ser seu esposo, sua mãe, seu pai, seus amigos, seu chefe etc. O quanto de você existe quando tenta agradar o seu próximo? Se tiver mais do outro e menos de você, acredite, não é você!

Eu sei como é difícil existir esse equilíbrio, pois pode assemelhar ao egoísmo. Pensando nisso, eu te proponho:  reflita o quanto dos outros existem em você, volte lá na sua infância e perceba que muitos dos traumas e crenças que carrega não são seus; e que na vida adulta formaram, inclusive, sua convicção, sua profissão, seu emocional, sua escolha espiritual e até sua vida material.  Quantos sonhos e desejos foram anulados, roubados e fizeram você acreditar que não eram seus? Ninguém sabe o que é melhor para você, a não ser você mesma! E quando se enche demais do outro, você se torna um fantoche que só funciona se receber os comandos.

E voltando para a Camomila, ela age nesse processo de crise de identidade. O ritual do chá desperta o seu “eu verdadeiro”, ajuda a te libertar dos traumas e repetições de padrões, e limpa as memórias ancestrais. É só você conversar com ela enquanto degusta seu delicioso chá e pedir orientação! A resposta sempre vem…é como se brotasse dentro de você! A Camomila te conecta com a sua verdadeira essência e nela existe muito de você, muito além do que você possa imaginar. 

– Sadhana “21 dias com a Camomila’:

Para se conectar com a força alquímica da Camomila, a sugestão é, consumir sua infusão durante 21 dias seguidos. Escolha o melhor momento do seu dia. Uma xícara do chá sem açúcar ou adoçado com mel, já é o suficiente para uma “conversa” com esta flor maravilhosa. Ao degustar o seu chá, silencie sua mente, faça perguntas, manifeste o que não deseja mais para a sua vida e se permita ouvir o que a doce e corajosa Camomila traz para você.

Adriani Melo – Advogada e idealizadora do projeto Las Lobas – o despertar do sagrado feminino – que promove consciência dos ciclos femininos, a reconexão consigo mesma e a harmonização com a natureza.