BRUMADINHO, COITADINHO!
Tão doído, na sua dor!
Tão pálido, na sua cor!
Tão atônito, no seu valor!
Brumadinho, já sem Brumo…
Tão sem rumo…
Tão espantado com o cúmulo.
Tão cheio, agora, de túmulos!
Brumadinho, de irmãozinhos:
Tão agônicos, no respirar..
Tão sem esperança, no esperar…
Tão perdidos, no seu olhar!
Tão adormecidos, em pesadelo, querendo acordar!
Brumadinho,
Tela, de natureza morta…
Ferro, de faca que profundo corta…
Barro, de lama em metros que sufoca…
Água de lágrima, que corre torta!
Brumadinho,
Vida que não quer morrer…
Morte que quer sobreviver
Sobreviver para recomeçar…
Recomeçar sem jamais esquecer!
Autora: Jaciranda
* A poesia abaixo foi escrita em 2015, quando ocorreu o crime ambiental de Mariana-MG
ABENÇOADO RIO
E o rio…que num instante
Ganhou um golpe da lama,
Sai em retirada
Por ela dominado
E por onde ele passa
Arrasta, invade, se apega, clama!
A luta mortal e desigual
Faz correr barro nas veias do rio
Faz poluir, destruir, morrer…
Só o abraço do mar,
Só o tempo, por ele, passando devagar,
Só a vida na ânsia de se renovar
Poderão, um dia, o rio salvar.
Para, outra vez, a criança brincar,
O pescador pescar,
A sede ele matar…
Pois, o que tem que morrer
É a ganância do homem vil
E não, o abençoado rio!
Autora: Jaciranda
3 Comments
Triste realidade.
Poesia que relata tristeza, e sofrimento de uma grande tragédia. Resta as famílias a dor e sofrimento de perder seus entes queridos. 🙏🏽🙏🏽🙏🏽
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