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27 de outubro de 2018
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3 de novembro de 2018

A morte me faz pensar na vida

31 de outubro de 2018

Demorei muito para entender e aceitar a morte, pois tive várias experiências com ela.

A primeira foi quando me tornei órfã, pois não foi uma situação nem um pouco confortável. Me sentia estranha, tipo “deficiente”. Perder minha mãe, minha grande amiga e confidente foi muito difícil! Tive duas irmãs e por uma delas, tive um grande investimento em terapia, pois achei que já tinha aproveitado a convivência com ela e optei em seguir o conselho “aproveite viver com a pessoa enquanto está viva” e não fui ao velório. Mas é errado! Não existe estratégia nenhuma. Cada um faz a sua e a vive sem culpa, o que é muito difícil.

Outras experiências foram à morte de meus sogros, cunhadas e marido que era jovem, cheio de vida, com muitos planos e projetos. Essa dor nunca acaba. Vez por outra ainda sinto que teria que acertar algumas coisas com ele, afinal, temos dois filhos e dois netos. Também perdi amigos bem próximos, outros mais distantes e alguns ídolos cujo sentimento foi como perder alguém da família.

Não vou discutir o conceito de morte, o que cada um pensa ou não. Meu questionamento é apenas um e o que mais me persegue, e ele me ajuda a dar um sentido mais sublime a minha vida e um entendimento mais profundo sobre a morte. Nossa vida seria muito pouco se só existisse esse mundo aqui. E acredito que este deva ser o mundo mais rude e tosco que a vida nos apresenta.

“ Se tudo acaba com a morte carnal, vale qualquer meio para obter vantagens e desfrutar os prazeres desta vida e as pessoas honestas acabam fazendo o papel de bobas. Se esse pensamento passar a ser uma opinião geral, desaparecerá a moralidade, a mente das pessoas se tornará conturbada e este mundo se transformará num inferno repleto de malfeitores. Não estará a sociedade caminhando nesta direção? ” (Masaharu Taniguchi)

Por todas as mortes que presenciei – e não acho macabro falar dela, nem sobre ela, porque todos nós um dia iremos partir – acho que é a única e verdadeira democracia, porque você não compra vida e nem mesmo mais tempo dela. E por mais rico que seja, na hora da morte, todos somos exatamente iguais e temos o mesmo fim.

Tenho uma amiga que mora em Santa Catarina e sempre nos conta que no dia dos finados era uma festa para ela e para a família toda. Em seus 5 anos, ela se enfeitava e todos iam para o cemitério, participavam de uma missa, depois os adultos “jogavam conversa fora” e as crianças brincavam de esconder entre os túmulos. Todos vestiam a melhor roupa para homenagear seus entes queridos e dificilmente a festa terminava ali. Depois, um vizinho convidava o outro para continuar “a festa” em sua casa.

Hoje, temos nossas ressalvas sobre cemitério e desmitificamos esse sentimento contando as brincadeiras e histórias daqueles anos, sem esquecer do riacho que corria e o barulho que fazia, dando um toque especial àquela cena. Visito o túmulo da minha família, levo flores, oro, agradeço pela vida que tenho e procuro mantê-los limpos.

Sei o que isso significa para mim, mas não sei o que significa para eles e nem para as pessoas. Mas quer saber? Não fico muito preocupada com isso no momento. Aprendi a respeitar as minhas raízes e manifesto meus sentimentos de gratidão através da fé que eles professavam enquanto viviam, porque pode parecer contraditório, mas “a morte sempre me faz pensar mais na vida”. E em todas que vivenciei, reflito sobre como viver bem e melhor, e aproveitar cada cantinho da minha vida. Aprendi a estar com a mala preparada e não sei quando o trem passará e qual será o dia de minha passagem.

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33 Comments

  1. Cleusa Lopes disse:
    1 de novembro de 2018 às 13:12

    Verdade é o que toca profundamente no centímetros dos humanos o único momento em que para para refletir sobre a vida

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:09

      Sim, uma oportunidade de refletir.

      Responder
  2. Anônimo disse:
    1 de novembro de 2018 às 13:26

    É isso aí minha comadre ! A morte nos faz pensar muito na vida! Saudades

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:09

      Saudades também.

      Responder
  3. Cleo Ramos disse:
    1 de novembro de 2018 às 13:28

    A pessoa anônima fui eu minha comadre!!!

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:09

      ahahahahhahaha venha me ver.

      Responder
  4. Fabiana Laurindo disse:
    1 de novembro de 2018 às 13:39

    Interessante como esperar a morte pode nos deixar mais vivos! Mais incrível ainda é viver entendendo que perde-se horas, dias, anos… percebe-se só quando está para morrer. Parabéns pelo texto… muito inspirador

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:10

      Que bela reflexão vc fez. Gostei que inspirou vc.

      Responder
  5. Fabiana Laurindo disse:
    1 de novembro de 2018 às 13:40

    Interessante como esperar a morte pode nos deixar mais vivos! Mais incrível ainda é viver entendendo que perde-se horas, dias, anos… percebe-se só quando está para morrer. Parabéns pelo texto

    Responder
  6. Ivete disse:
    1 de novembro de 2018 às 14:07

    PRA MIM CADA UM TEM UMA MISSÃO QUE VIEMOS CUMPRIR, E DEPOIS VAMOS EMBORA. EMBORA ELES FAÇAM MUITA FALTA, COMO DIZ O MEU FILHO, TÃO EM PAZ E NÃO PRECISAM CORRER E SE PREOCUPAR COM A VIDA.

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:12

      Que bacana pensar assim. Vale a pena viver bem para descansar depois.

      Responder
  7. Monica Sawada disse:
    1 de novembro de 2018 às 14:33

    Realmente, como a morte faz a gente pensar e a valorizar a vida…

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:13

      Isso mesmo, viver bem e valorizar cada momento.

      Responder
  8. Peixoto disse:
    1 de novembro de 2018 às 14:48

    É muito interessante a reflexão. Ainda bem que tem muitas pessoas que acreditam na continuidade da vida e, cada dia mais aumenta esse número, evitando assim o caos.

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:14

      Isso mesmo amigo, a crença da continuidade da sentido a vida.

      Responder
  9. Graciema Armiliato. disse:
    1 de novembro de 2018 às 14:51

    Gostei do texto. Da sua história. Me fez uma bela reflexão sobre meus que se já partiram e sobre tudo a minha vida. Amiga Roseli.
    És bela em tudo que fazes. Te admiro.
    Você deixa rastros de amor
    Desculpa. Quando vi, esqueci de alguma vírgula ou pontuação. Mas você me entendeu .

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:16

      Minha querida, você é uma luz que brilha sempre. E cuida bem dos seus, amor puro.

      Responder
  10. Anônimo disse:
    1 de novembro de 2018 às 15:02

    Ótima reflexão! Que deveríamos fazê-la todos os dias. Abçs!

    Responder
  11. Rubenilton disse:
    1 de novembro de 2018 às 15:11

    Se há algum conforto na morte de alguém que amamos, é o de saber que ele está indo para um lugar onde não há tristeza, maldade e dor.

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      1 de novembro de 2018 às 17:16

      Isso nos deixa mais felizes e tranquilos.

      Responder
  12. Lucia Elena Chagas Rocha disse:
    1 de novembro de 2018 às 16:14

    Uma reflexão de saudade ,de um sorriso de um abraço de tantas brincadeiras e ensinamentos ,do cheiro e do olhar de meu pai que a morte levou de mim ,ainda eu uma criança,mas aí penso o quanto o viver dele me fez aprender para hoje seguir a minha vida , reflexão de gratidão.parabens Roseli ,sempre com relatos de amor e ensinamentos

    Responder
  13. Roseli Vitoria disse:
    1 de novembro de 2018 às 17:19

    Fico feliz que meu texto tenha inspirado uma lembrança tão doce e amorosa. Os ensinamentos são para a vida, por isso és assim tão especial.

    Responder
  14. Meire Figueiredo disse:
    1 de novembro de 2018 às 18:12

    Falamos tanto na vida…e muito pouco na morte . Será por que? Talvez a morte tenha muito mais coisas para nos contar e mostrar do q a vida. Belo texto Rozely de emoção e reflexão .

    Responder
  15. Anônimo disse:
    1 de novembro de 2018 às 19:32

    Muito bom este testo Roseli fés eu refletir muito sobre a morte e meus ante passado

    Responder
  16. Anônimo disse:
    2 de novembro de 2018 às 07:18

    Acreditar na continuidade me dá uma vantagem grande, de procurar viver sempre bem comigo mesma, pois continuarei a viver comigo!

    Responder
  17. Lucas Garcia disse:
    3 de novembro de 2018 às 01:05

    Boa reflexão.Acho que devemos viver como se nunca fossemos morrer, pois esta data não nos pertence.Quanto a haver só este mundo, com certeza não é.Parabens pelo exercício de fazermos pensar.Abraço.

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      6 de novembro de 2018 às 12:36

      Lucas sempre refletimos sobre isso e nos faz muito bem. Vamos continuar neste caminho.

      Responder
  18. Marco Antonio disse:
    3 de novembro de 2018 às 12:44

    No estudo da vida, entendi que não há a morte real. O que morre é o corpo físico e nós não somos corpo físico. Somos Espíritos habitando um corpo para as devidas experiências e aprendizados. Quando o corpo não tem mais condições de abrigar o Espírito, ou seja, eu mesmo, ele para de funcionar, suas partes constituintes se desagregam dando origem a outras formas de vida. O Espírito retorna ao Mundo Espiritual onde faz um preparo para dar sequencia ao seu progresso através de novas reencarnações. As comprovações são fáceis de verificar.

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      6 de novembro de 2018 às 12:37

      Essa busca constante de entendimento da vida e da morte nos deixa mais felizes, também acredito nisso.

      Responder
  19. Silvana disse:
    4 de novembro de 2018 às 18:36

    A morte é o outro lado da vida!, um existe em detrimento do outro. O propósito do significado da existência humana é o questionamento! aprendemos com as experiências seja qual ela for! Boa matéria Roseli ! Bjo

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      6 de novembro de 2018 às 12:39

      Silvana, um espelha o outro. E o questionamento nos faz muito bem. Gosto muito de falar sobre esse tema.

      Responder
  20. Elza Galvão disse:
    5 de novembro de 2018 às 20:35

    Quanto mais eu penso na morte, mais ganas eu tenho de viver. A morte de um ser querido é algo que nos traz um vazio quase insuportável, mas, a certeza da continuidade, de que um dia nos encontraremos novamente, nos estimula a esquecer nossos medos, nossas tristezas e a sonhar com o grande reencontro. Vamos viver bem, para deixarmos bem quem for depois de nós. E vamos viver intensamente agora, para podermos levar felicidade e paz para quem estiver nos esperando do outro lado.

    Responder
    • Roseli Vitoria disse:
      6 de novembro de 2018 às 12:40

      Isso mesmo, e vamos viver bem intensificando e vivificando cada momento. Todos ficam felizes os vivos e quem já mudou de endereço.

      Responder

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