Hoje temos o relato de uma pessoa muito especial, engajada em projetos sociais na cidade que considero meu segundo lar, Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Quem sabe poderá inspirar vocês também!
“Foi em julho deste ano que recebi um convite para assistir a uma palestra de um simpático casal, os “Caçadores de Bons Exemplos”. Cansados de ouvir notícias ruins, Iara e Eduardo resolveram tomar a atitude de vender todos os seus bens para percorrer o mundo em busca de bons exemplos.
Em determinado momento da palestra, Iara fez uma pergunta à plateia: Qual o sentido da vida? Inúmeros argumentos surgiram como respostas, mas ela foi certeira e disse: “O verdadeiro sentido da vida é fazer sentido às outras vidas”. Pesquisando depois, descobri que a frase-inspiração é do líder espiritual e budista tibetano Dalai Lama – que inclusive escreveu um livro a respeito do tema, intitulado “O sentido da Vida”. De acordo com o mestre, o sentido da vida está na compaixão e na paz mental.
A frase é um tanto altruísta e perturbadora, pois vivemos num mundo egocêntrico, embora estejamos cada vez mais conectados. Frases motivacionais pipocam diariamente em nossas redes sociais e grande parte delas nos remete justamente na direção contrária do sentido da vida de Dalai Lama, colocando sempre em primeiro lugar os cuidados e interesses pessoais. Infelizmente temos uma compreensão equivocada acerca do assunto, pois até que ponto isso funciona como uma verdade ou desculpa para deixar de prestar ajuda e auxílio ao próximo?
Possuo uma longa carga de trabalho voluntariado nas costas. Desde criança compartilho de um sentimento de inquietude e inconformismo diante das desigualdades sociais. Eu era aquela criança que doava meu lanche no recreio da escola se constatasse que o meu próximo não tinha o que comer, era a criança que doava o chinelo quando me deparava com outra criança descalça, a que levava amigos carentes escondidos para casa para servir um lanche. Já adulta, identifiquei-me com a causa e nunca mais parei de prestar assistência e ajuda às pessoas consideradas vulneráveis.
Voltando ao sentido da vida, o trabalho voluntário é enriquecedor, uma experiência que nos faz crescer como seres humanos, pois nos tira da zona de conforto, fazendo-nos vivenciar uma realidade paralela à vida com a qual estamos habituados, ampliando o olhar para as situações antes ignoradas.
O trabalho social voltado às pessoas em condições vulneráveis, desperta o sentimento da gratidão. Conheci vários voluntários que conseguiram superar uma depressão quando se depararam com a dor e o sentir do próximo, inserido em uma realidade sofrida e traumática, e usaram dessa experiência para ressignificar suas vidas, transformando a dor em amor, e passaram a agradecer todos os dias pelos privilégios que possuíam, a respeito dos quais não haviam se dado conta.
A falta de empatia é considerada a doença do mundo, ela faz com que nos distanciemos das dores e sofrimentos alheios, como pessoas egoístas, e acreditando que possuímos problemas demais para se importar com os dos outros. No voluntariado, aprende-se que sozinhos não conseguimos consertar o mundo, mas que é possível contribuir para essa mudança, dentro de nossas possibilidades e competências, e que somos capazes de mudar a realidade das pessoas às quais podemos tocar verdadeiramente.
O mais incrível de ser um voluntário é o despertar de dons e talentos antes ocultos, pois ele permite a aquisição de novas experiências e conhecimentos. Integrar uma causa social agrega valor inclusive à vida profissional, pois permite ampliar suas habilidades e o círculo de amizades. Por esse motivo, as causas sociais são vistas como um diferencial frente a outros candidatos numa possível vaga de trabalho.
A satisfação em ajudar, em se sentir útil, o despertar do sentimento do amor e da generosidade, a empatia e a gratidão, são forças motrizes que dão sentido à vida! Por esse motivo, o mestre Dalai Lama estava tão certo em sua afirmação, “o sentido da vida é dar sentido às outras vidas, expandindo nossa capacidade de sentir amor por todos os seres…”.
Seja um voluntário, abrace uma causa, comece por você a mudança que quer ver no mundo!”
Adriani Melo
Advogada e Ativista das Causas Sociais, Fundadora do Projeto Social CAFÉ COM AFETO.
Para saber mais sobre este projeto em Ribeirão Preto (SP), acesse as redes sociais:
No facebook: www.facebook.com/cafeafetivo/
No Instagram: @cafe.afeto
13 Comments
Muito bom o texto! Obrigado pelo envio. Parabéns Rose, pelo seu trabalho .😘🌹❤💋
Neiva um exemplo de amor e dedicação.
Belíssimo trabalho!! Por um mundo com mais “Adrianis” espalhados em todos os cantos…👏👏👏❤
Ariane concordo com você por mais pessoas assim.
O Verdadeiro sentido da vida é: Adorar a Deus.
E a adoração a Deus ocorre quando sirvo ao outro, ao próximo. Doar- se em serviço ao próximo a prática da adoração.
O Verdadeiro sentido da vida é: Adorar a Deus.
E a adoração a Deus ocorre quando sirvo ao outro, ao próximo. Doar- se em serviço ao próximo é a prática da adoração.
Rose você também tem uma história inspiradora logo falaremos de você, topa???
O Verdadeiro sentido da vida é: Adorar a Deus.
E a adoração a Deus ocorre quando sirvo ao outro, ao próximo. Doar- se em serviço ao próximo é a prática da adoração.
Aqui em Luís Eduardo temos o Projeto Mão Amiga que doa-se em serviço na vida de crianças risco social.
O Verdadeiro sentido da vida é: Adorar a Deus.
E a adoração a Deus ocorre quando sirvo ao outro, ao próximo. Doar- se em serviço ao próximo é a prática da adoração.
Aqui em Luís Eduardo, temos o Projeto Mão Amiga, que doa-se em serviço na vida de crianças em risco social.
Belo ato de amor ao próximo!
Um ótimo e inspirador exemplo, atitudes como essa nos dias de hoje, gera impacto na vida das pessoas necessitadas que cruzam nossos caminhos.
Parabéns!
Simone um lindo e belo trabalho. Vale a pena!
Imagino que o trabalho voluntário seja uma forma gratidão pela vida ao sentir empatia e doar ao outro o que temos de melhor, carinho e atenção.
Lindo relato.
Obrigada! 🌹
Bella o trabalho voluntário é um dos momentos mais sublimes do ser humano. Impossível explicar.